Palavra do Senhor

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (João 8 : 32)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Dilma barra PMDB na coordenação política do governo

Partido de Temer queria emplacar Edison Lobão em reuniões no Planalto Marina Dias, Luciana Marques

A negativa da presidente Dilma Rousseff em conceder um assento ao PMDB nas reuniões de coordenação política - o núcleo duro do governo - contribui para deteriorar a já conturbada relação entre petistas e peemedebistas neste início de gestão. Após cancelar a reunião desta segunda-feira, Dilma convocou o vice-presidente Michel Temer e o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, para uma conversa a portas fechadas no Palácio do Planalto. Neste encontro, disse a Temer que o PMDB não teria espaço nas reuniões. Inicialmente, o partido do vice havia indicado o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para integrar o grupo, mas Dilma e seus assessores mais próximos decidiram que essa não era a medida correta a ser tomada.

De acordo com pessoas próximas ao vice-presidente, o governo decidiu não abrir espaço para o PMDB para não ser pressionado a fazer o mesmo com outros partidos aliados. "A ideia não é fazer uma assembleia", disse um interlocutor de Temer. No entanto, acatar a decisão de Dilma coloca o vice-presidente em situação difícil, já que diversos setores de seu partido se mostraram - por diversas vezes - insatisfeitos com o que chamam de "escanteamento" da legenda neste início de governo.

Apesar de Temer ser considerado um político de peso e uma liderança nata dentro do PMDB, suas opiniões não são compartilhadas com todos os setores do partido e o fato de ele ter aceitado a decisão de Dilma pacificamente pode provocar reações na legenda.

A temperatura esquentou entre PT e PMDB logo na primeira semana de governo. Dizendo-se prejudicados na partilha de cargos do segundo escalão, deputados peemedebistas ameaçaram defender um valor maior para o mínimo. Lula havia fixado o salário em 540 reais, mas a decisão será submetida ao Congresso Nacional para entrar em vigor.

Oficial - A reunião de coordenação política do governo deve acontecer semanalmente no Palácio do Planalto. Além de Dilma e Temer, participam do encontro os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo; do Planejamento, Miriam Belchior; da Fazenda, Guido Mantega; de Relações Institucionais, Luiz Sérgio; da Secretaria de Comunicação da Presidência, Helena Chagas; da Casa Civil, Antonio Palocci; da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho; e o chefe de gabinete da Presidência, Giles Azevedo.


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